Uma conversa de bar acabou levando duas amigas do Rio Grande do Sul a perceberem que tinham de montar uma empresa juntas. Apresentadas por conhecidos em comum, Adriana Tubino e Itiana Pasetti notaram ali que compartilhavam uma mesma crença: o mundo tem excesso de produtos novos. Aquela despretensiosa conversa de fim de semana há cinco anos deu origem ao que é hoje a startup gaúcha Revoada, que fatura transformando lixo em artigos de moda, como bolsas, mochilas e carteiras.
A empresa nasceu com o objetivo de reinventar a forma de produzir itens novos. “Percebemos que exista um excesso de coisas geradas no mundo — e o problema é que isso está gerando muito lixo”, diz Adriana a Pequenas Empresas & Grandes Negócios. “Não queríamos colocar mais uma matéria-prima virgem no mundo, então começamos então a estudar o lixo. A gente diz que vai jogar algo fora, mas não existe o ‘fora’.”
Ocorre que, atualmente, muito lixo seco é descartado. E não precisaria ser assim. Adriana e Itiana elegeram, então, alguns materiais que usariam na sua produção. Câmaras de pneus, por exemplo, não vêm de origem animal e são pretas, o que ajudaria a dar um aspecto nobre às peças. Outro item reciclado é o guarda-chuva que, geralmente, quando vai para o lixo porque está com a estrutura estragada, mas não o tecido.
É como se fosse, portanto, uma nova cadeia produtiva. Adriana e Itiana compram as matérias-primas que seriam destacadas diretamente de catadores e borracheiros, aumentando a renda desses profissionais. “Ter um impacto positivo é o que estamos buscando o tempo todo no nosso projeto”, diz Adriana. Depois da captação, o material passa por uma lavagem industrial sustentável, com certificações que garantem que não há desperdício de água.
Leia matéria completa na íntegra:
TRANSFORMAR LIXO EM ARTIGOS DE MODA.
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